Quando uma empresa faz um investimento, é natural que espere um retorno. No departamento de Tecnologia da Informação (TI), não é diferente, a mensuração dos resultados é cada vez mais necessária e os gestores precisam  aprender como medir o ROI (Return on Investment, retorno sobre o investimento) da área.

Ter esses números em mãos é essencial para justificar as necessidades de investimentos do departamento e até demonstrar porque a TI deve atuar de forma estratégica na companhia. Por esse motivo, os gestores devem ser capazes de estimar o tempo necessário para o retorno das quantias investidas.

Além de melhorar a operação, tudo o que se gasta na empresa deve levá-la a ser mais eficiente e lucrativa. Atualmente, uma das áreas que tem se destacado no cenário tecnológico é a computação em nuvem. O cálculo do ROI pode mostrar se os esforços na ferramenta estão sendo significativos.

Como cada vez mais os gestores precisam saber como medir o ROI, falaremos sobre o assunto neste post. Confira!

A fórmula

O cálculo do ROI requer alguns valores de referência. Tratam-se do levantamento de custos e ganhos que serão a base da análise. A fórmula para o cálculo do ROI simples é:

ROI = (Ganho obtido – Investimento inicial) / Investimento inicial

Para usá-la, portanto, é fundamental saber o investimento inicial e o ganho obtido com o uso da solução (que, no caso da computação em nuvem, inclui unidades de armazenamento, memória, processadores, licenciamento de software e outros).

Como medir o ROI

É preciso saber o “custo da solução”: qual serviço foi contratado, quais ativos são usados na operação e quanto custa cada um. Além disso, há o “custo de uso”, que inclui o tempo de uso e o volume de tráfego (medidos enquanto a solução está no ar), e o “custo de operação”, que são os demais gastos ligados à operação.

Depois, é preciso saber o que foi ganho com o uso da cloud computing. Isso, em geral, tem relação direta com a redução de gastos proporcionada por ela. Com essas informações em mãos, calcula-se o ROI para saber se o investimento de tempo e dinheiro na solução foi efetivo.

Vamos imaginar, por exemplo, que o custo da ferramenta de nuvem seja R$ 100 mil em dois anos e os ganhos proporcionados por ela atinjam R$ 500 mil no mesmo período.

ROI = (R$ 500 mil – R$ 100 mil) / R$ 100 mil = 4

Nesse exemplo, o ROI é 4, ou seja, o retorno obtido foi 4 vezes o valor do investimento inicial. Em geral, se o resultado desse cálculo for maior que 0, isso demonstra que o retorno é maior que o custo — o que significa que a adoção da tecnologia valeu a pena.

Projetos complexos

Esse cálculo pode não ser o mais adequado em casos de projetos mais complexos e que envolvem riscos associados e benefícios subjetivos. A modelagem desses benefícios, que muitas vezes são intangíveis, pode ser pouco precisa. É essencial ter em mente que há tanto benefícios mensuráveis quanto não mensuráveis.

E ainda há o agravante de que parte dos benefícios é relacionada a variáveis que não são controladas pelo departamento e que existem diferenças entre as organizações. Há, ainda, aspectos específicos de cada companhia, como a maturidade da sua infraestrutura.

Em outras palavras, descobrir como medir o ROI da área de TI é um desafio diário para os gestores. Às vezes, fica difícil chegar a um valor exato, mas o exercício contínuo ajuda a chegar próximo do índice real.

Se você ficou animado para fazer a migração para a nuvem e se beneficiar do ROI que pode advir desse processo, aproveite para ler alguns casos de sucesso de clientes (como Kanechom, Verdemar, entre outros) da Portnet.

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